O endividamento dos palmenses é medido mensalmente por meio da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins. Em outubro, 69% disseram estar endividados na capital, queda de apenas 0,2% quando comparado a setembro, se mantendo estável. Esse porcentual representa que mais de 56 mil pessoas se consideram endividados em Palmas, mas desse número, uma pequena parcela de 13,1% está com dívidas em atraso e somente 0,4% não terão condições de pagar.
Segundo o presidente da Fecomércio, Itelvino Pisoni, esse porcentual de famílias em atraso condiz com o cenário atual. “Ainda que seja baixo, o porcentual de pessoas que tem dívidas atrasadas deve ser levado em consideração. Mas sabemos que o momento de nossa economia anda delicado, principalmente, pelas diversas mudanças políticas ocorridas nos últimos meses. O Tocantins é um estado onde grande parte dos empregos ainda advém do funcionalismo público. Isso pode ter afetado o orçamento familiar”, explicou.
A PEIC (Pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor) demonstra que 57,5% dos entrevistados consideram-se pouco endividados, mas segundo a assessora econômica da Fecomércio, Fabiane Cappellesso, essa percepção deve ser mudada. “Os consumidores se consideram pouco endividados, porém quando avaliamos o percentual da renda familiar gasto com dívidas podemos perceber que ele ultrapassa a média de 32%. O consumidor deve se atentar para essa percepção e não ultrapassar seus limites para não se tornar inadimplente”, alerta.
Ainda na mesma pesquisa, 74,1% dos consumidores disseram que comprometem sua renda familiar com dívidas entre 11 a 50%, sendo a média em torno de 32,9%. Já sobre o tempo dessa dívida, 43,8% responderam que possuem dívidas com prazos maiores que um ano, computando uma média de 7,9 meses. O cartão de crédito continua em primeiro lugar do tipo de dívida mais comum.